Desejo,
este que me invade,
toma de rompante,
sem aviso,
chega de mansinho,
escala a minha medula,
tal cobra que se enrola,
na forma de um sorriso,
de um olhar mais quente,
mais doce,
invade a mente,
o ser,
insinua-se num beijo,
transforma em carícia ,
de mãos que deslizam,
arranham a pele,
desenham as formas,
moldam o corpo,
soltam arrepios de prazer,
arrancados por línguas ,
que se tocam,
percorrem a pele,
exploram,
desenham rotas,
em mapas de corpos,
de montes e vales,
que soltam gemidos de prazer,
de corpos que lutam,
numa batalha de suspiros,
onde corpos se enroscam,
no eterno movimento,
na entrega constante,
na busca eterna,
da morte,
da fome do desejo.
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