Dia 13-10.2006 enquanto ouvia "Caçador de mim" na travessia do tejo ( também posted in Vamps)
Mundo estranho,
este onde navego,
de mares etéreos,
marinheiros cegos,
sem norte,
cujo rumo não descubro,
protegidos na sua essência,
por escudos protectores de fogo,
ocultos no nevoeiro deste mar que me cerca,
rodeia,
como um polvo,
cujos tentáculos perderam ventosas,
emergido dos abismos,
libertos por garras,
disfarçadas de mãos,
de memórias colectivas,
indivíduos sem nome,
neste mar de cânticos de sereias,
sedutoras,
de voz melodiosa,
de cauda de medusa,
que encantam,
numa viagem sem destino,
sem fim,
num mar de círculos,
eterno retorno,
que empurram,
numa descoberta de mim,
tornando-me presa,
caçador de mim.
No mesmo dia, no regresso a casa enquanto ouvia “words don+t came easy ... na mesma travessia ...
Palavras,
abstratas,
literais,
levadas ao exremo,
da arrogancia,
ignorancia,
iluminados,
gente cujo objectivo,
nada é mais que a palavra,
veículo de imagem,
dissecada até mais nada restar,
arma de dois gumes,
afiados,
sem sentido ou glória.
Palavras,
ao passar dos tempos,
já nem lembro,
as letras de ontem,
seus significados,
apenas o sentir,
o que está para além do que foi dito,
pensamentos,
na linguagem dos gestos,
dos corpos,
tal caçador de mim,
preao no meu mundo,
no que penso,
no que sinto.
§ Momentos
§ Noite
§ Toca-me
§ Corvo também entra ... co...
§ Aceitam-se sugestões... ;...