Quinta-feira, 27 de Outubro de 2005
Karma
Quando as noites são oceanos.
Insondáveis e obtusos.
Quando os sonhos são reclusos.
Desses beijos profanos.
Quando as palavras se esboroam.
Plenas de inquietude.
Morre lenta a juventude.
Em lamentos que ecoam.
Quando a costa que o mar abraça.
Carpe a ânsia do desassossego.
Os sorrisos fogem para o aconchego.
Do futuro que os entrelaça.
Há sempre um amanhã.