
De volta ao mundo,
uma nova viagem,
a paisagem desfila,
perante mim,
de olhar vago,
sigo os seus contornos,
vislumbro,
um sorriso,
deslumbrante,
que nos recorda
o passado,
longínquo,
próximo,
que pede,
algo de útil,
em prol de algo maior.
Mais ao longe,
surge outro sorriso,
que nos traz promessas,
com charme,
do que é preciso fazer,
de obra feita,
em prol de algo maior.
Mais uma colina,
outro sorriso,
de ventos de mudança,
em sonhos cor de rosa,
em prol de algo maior.
Desfilam os sorrisos,
de intelectuais,
defensores de minorias,
altos ideais,
de gente do povo,
que faz da luta,
do trabalho,
a sua bandeira,
tudo em prol de algo maior.
Pendurados,
como retratos de museu,
serão messias?
sebasteanistas?
vendedores,
de sonhos?
da banha da cobra?
falsos profetas?
abutres?
que dançam sob a carcaça,
do cordeiro,
que segue em fila,
para a contagem,
enganado,
iludido,
mais uma vez subjugado,
em prol de algo maior.