
Sentada na areia branca da praia, sentia o sol a acariciar-me a pele. Os meus dedos brincavam com a areia deixando-a escorrer entre os dedos, fazendo pequenos desenhos. Inconscientemente desenhei o teu rosto, as tuas formas firmes de linhas direitas corpo esbelto, a tua face como que sorria para mim. Sorri, pois imaginei o teu rosto, os teus olhos profundos o teu sorriso franco que me deixava sempre desarmada, um pouco sem jeito, como que a perguntar ris de mim ou para mim?
Lembrei o dia, o fim de dia, em que nos conhecera-mos naquela mesma praia. Um dia como o de hoje, o sol declinava mas ainda estava quente convidava a um banho demorado nas águas límpidas, de azul intenso daquele oceano. Como naquele dia, também me fui despindo ficando só em biquini e também me dirigi para a água só que naquele dia surgiste tu, do mar repentinamente, estava tão absorta nos meus pensamentos que nem tinha reparado que alguém ainda se encontrava dentro de água.
A tua silhueta desenhada no horizonte na sombra de um pôr do sol que lentamente ia apagando a luz do dia, dando uma cor de vermelho fogo ao entardecer. Passaste por mim e sorriste-me, não sei porquê disse-te olá como se fosses um velho conhecido respondeste, com uma voz quente, que me fez sentir parte daquele pôr do sol vermelho.
Entrei na agua, estava gelada, ou seria o meu corpo que estava a arder, seria do por do sol ou de algo mais. Dei umas braçadas enquanto o teu sorriso bailava nos meus olhos e a tua voz brincava com os meus ouvidos. Fechei os olhos e vi o teu corpo vermelho senti dor, não, era dor mesmo. Uma cambra e não conseguia nadar, senti-me afundar, tentei gritar mas não conseguia a agua parecia que tinha ganho vida e tapava-me a boca, os braços não obedeciam ao meu comando eram apenas gestos, de repente sinto dois braços agarram o meu corpo, sinto um corpo a encostar-se ao meu, e aquele voz tenha calma eu ajudo-a .. deixe-me tira-la daqui vi aquele sorriso e deixei-me levar por aqueles braços que me deixaram ainda sem mais forças. Deitou-me na areia perguntou-me se tinha sido uma cambra ao que respondi q sim. Fez-me uma massajem na perna, senti um arrepio, não sei se de frio, ou se seria o sol que se escondia deixando aparecer uma lua cheia, brilhante ainda tingida pelo vermelho do sol, que me tinha retirado todo o calor, ou simplesmente aquelas mãos que massajavam a minha perna como uma doce caricia.
- Já se sente melhor? - ainda dói um pouco ... e senti o por do sol na minha face o meu corpo sentiu o calor que me aflorava ao rosto e deixei-me ficar a sentir aquelas mãos q me acariciavam a pele. Ele parou e olhou para mim, pareceu-me ver um quer que continue? Toquei-lhe a face beijei-o nos lábios e senti o por do sol fundir-se com a lua numa vaga de calor que só foi acalmada pela rebentação da maré que nos foi encontrar de corpos nus enrolados na rebentação das ondas.
Ouvi uma voz a meu lado mamã, mamã também quero ir pá ága contigo, o papá já está a sair. Olhei e saído do mar vinhas tu, com esse teu sorriso que me tirava o jeito e o corpo moldurado por um pôr do sol vermelho.
Continuando um repto daqui
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