Domingo, 19 de Fevereiro de 2006
Crónicas do engatanço ou como engatar um homem numa loja de revistas num sábado de manhã em que parecemos zombies
Eu até tenho vergonha de postar este escrito
dada a qualidade e profunda sensibilidade do anterior mas, fui desafiada por isso: Utopia mil desculpas mas tem mesmo de ser! ;)

Bem
vamos então começar e se quiserem acreditem e se não quiserem não acreditem mas está testado que funciona às mil maravilhas é que nem receita de Pantagruel funciona melhor!
Num destes sábados pela manhã vi-me forçada a ir tratar de uns documentos à loja do cidadão e para quem não sabe está sempre atulhada de utentes mas, aos sábados (fim-de-semana), está atulhada de utentes e de familiares e amigos e sei lá acho que até de parasitas (vi uns numa cabeça alheia). Dada a lentidão, e uma vez que ainda faltavam uns cem números até ser atendida e já tinha tudo preenchido inclusive o meu nariz de cheirinho a sovaco
saí para ir tomar um café. Mas, como infelizmente funcionamos a petróleo
ainda faltavam umas 98 pessoas até eu ser atendida. Lembrei-me de ir até uma loja de revistas que ali há perto (muito boa!!!! Acho que se chama Tema). Como sempre dirigi-me às secções que mais me interessam: cinema (tudo normal) e Apple! Aquela secção que nunca tem ninguém de repente começou a estar populosa (dei por isso porque tive de me desviar!) e comecei a ser bombardeada de questões por homens bem parecidos, diga-se a verdade, e se não parecia que tiravam senha
eu tenho um letreiro na testa! (e olhem que não tenho) O último até os conselhos que lhe dei apontou e quase me acompanhava de volta ao Martírio do cidadão. Contei a uma amiga (o que eu fui fazer!) e decidimos experimentar novamente
Ok! Meninas
meninos e etcs
funciona sempre!
Por isso se querem conhecer homens já sabem: é só entrarem numa loja de revistas (quiosque não serve porque não tem revistas da especialidade, só tem de PC) e começar a folhear uma revista sobre MAC. Melhor mesmo é pegar em duas e fingir que comparam o conteúdo! ;)
E eis que aqui deixo o conselho de amiga
Já agora na Fnac, com os ditos computadores por perto funciona ainda melhor! ;)
Fiquem bem
e Mac forever!
Segunda-feira, 13 de Fevereiro de 2006
A essência das coisas
O ser humano é um lugar estranho. Há desde muito tempo que tenho tentado chegar a uma conclusão abalizada sobre aquilo que é a força mais poderosa que o ser humano já experimentou. Por ser antigo, ter barbas, e ser um senhor respeitável, o Tempo lidera esta tabela. O tempo cura tudo, segundo dizem. Tal cariz terapêutico teria que ser tido, logicamente, em linha de conta, aquando de dissertações acerca desta matéria. Pessoas como eu consideram também o sentimento de perda uma coisa a classificar na lista das emoções poderosas, se bem que não tão positivas. Devasta tudo à sua frente, não se compadece com bondades ou sensibilidades, é um demónio célere na escravatura mas avaro na libertação. Mascara sentimentos, que tidos em dias felizes eram duvidáveis, transformando-os na certeza mais horripilante que alguém pode sentir. Apenas porque chove agora e parece que as certezas mais ou menos cataclismicas brotam que nem cogumelos nestas alturas? E se os sentimentos não eram duvidáveis, mesmo nos dias felizes? O tempo, mais uma vez, apazigua tudo e cola os cacos, apanha os cogumelos. É um senhor poderoso o Tempo, braço direito da Natureza e do Pai de tudo, é um senhor truculento, acirra-nos o ódio, mas também nos purifica a alma. O amor. Ah sim, o amor. O romantismo inerente a esta emoção empola ainda mais a sua força. O amor é o destruidor mor, a intempérie que parece nunca ter fim, quando se alia ao sentimento de perda. Juntos, testam as sanidades e as vontades mais fortes, vergando-as até à sua expressão mais infíma. Faz-nos sentir do tamanho e com a importãncia de uma amiba. Mas o amor não é só isto. Apesar de ser mais jovem que o Tempo, apesar de ser mentiroso e assassino, o amor ainda é a razão pela qual o Tempo existe. Para o provar, para o desmentir, para o fazer morrer e ressuscitar. O tempo e o amor têm uma relação que nunca será bem percebida, uma ligação cúmplice que aponta o caminho e o desnorteia a seguir. Todos nós, pequenos seres, similares na nossa insignificância, apenas podemos esperar ser bafejados por um e pelo outro.
Quarta-feira, 8 de Fevereiro de 2006
Adormeci

Adormeci,
sonhei,
sonhei contigo,,
teu corpo nu,
encostado ao meu,
envolvia-me,
tua pele acariciava a minha,
num terno abraço,
despertando o fogo que arde em mim,
nossas bocas colaram-se em beijos,
minhas mãos percorreram teu corpo,
sentindo teu calor,
olhei-te nos olhos
vi o teu desejo,
minha lingua seguiu teus contornos,
senti-te arrepiar,
gemer,
nossos corpos entrelaçados,
dançaram ao som do prazer,
até á exaustão.
Adormeci,
sonhei,
sonhei contigo,
tua cabeça repousava no meu peito,
adormeçeras comigo.