Quinta-feira, 26 de Janeiro de 2006

Astros

astros2.jpg


Longe,
impresso nos céus,
á distancia de um simples olhar,
de uma leitura mais atenta,
da mente,
de uma sensibilidade especial,
encontram-se mundos,
mundos estranhos,
esotéricos,
onde o real não tem espaço,
transforma a própria realidade,
influencia-a,
onde se caminha sozinho,
acompanhado de simbolos,
sinais que apenas alguns entendem,
mundos de energias,
moldadas pelos astros,
que comandam outros mundos,
outras energias,
nascidas á imagem de deuses,
arquétipos,
senhores do destino,
num mundo de mundos,
onde sentimentos,
vidas,
são lançadas num eterno jogo,
onde não ha vencedoes,
apenas vontades mais fortes,
sob o jugo férreo.
de um deus menor.
publicado por crowe às 13:19
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Terça-feira, 17 de Janeiro de 2006

Para além desses telhados de zinco

Estas linhas não deveriam existir. Porque há momentos mágicos que devem permanecer intocáveis na nossa memória, precisam de ser manipulados com muito cuidado para não se quebrarem. Alguns desses momentos aparecem tão depressa como se fizeram sentir, outros multiplicam-se ou, quem sabe, multiplicamo-los nós. Despertam-nos. São anjos. Talvez os mesmos que eu imaginava nos meus sonhos de criança: tinham a mesma idade que eu e guardavam uma nuvem onde todas as noites eu me escondia. Lembrei-me disto há dias, porque pensei que tinham voltado. Mas sei que não é assim, apenas voltei a acreditar.
Vivo no centro de uma cidade que se assemelha a uma mulher que caminha ao longo de um rio com um longo vestido a arrastar-se nas águas. E todos os dias descubro-lhe novos contornos. Sinto a chuva na cara quando corro nas horas que os outros escolheram para dormir um pouco mais. Passeio nas ruas desertas quando saem das janelas de um só bairro os cheiros de todas as gastronomias do mundo. Subo aos zimbórios proibidos e aos terraços que mais ninguém conhece para avistar telhados vermelhos e espreitar o interior das águas furtadas com portadas de madeira e paredes de zinco. Ás vezes, apesar do Sol, as gaivotas vêm pousar sobre as antenas dos prédios. Ás vezes, não se ouvem os automóveis, os eléctricos, os gritos das crianças. Ainda há espaços destes na minha cidade imaginada. Escoa-se-me como suor a memória do que não valia a pena fazer, enquanto me falta o ar ao chegar a casa. Preciso desta cidade imaginada e deste espaço, lentamente faço parte dela e sou reconhecido. E descubro-a ao mesmo tempo que me descubro a mim. Tenho todo um percurso para recomeçar, com a vantagem de já o ter seguido com outros olhos. Há dias em que insisto em partir a correr; nessas alturas, canso-me depressa demais e tropeço, sôfrego na minha ânsia. Noutras alturas, adormeço. Atraso-me. Perco tempo precioso. É nesses dias que estou menos atento aos momentos mágicos. No outro dia, 24 horas pintadas com a palete das nossas emoções, fui descoberto. Há experiências que encerram em si uma misteriosa dualidade: geram em nós forças que nos empurram para a vida e, ao mesmo tempo, cravam-se como espadas afiadas na nossa auto-estima e transformam-nos nos farrapos que já fomos. Por isso, e porque sempre fui um ouvinte, falar é uma dádiva abençoada. Principalmente agora, quando as areias do tempo ainda não me fizeram gostar desta protectora solidão ou, pelo contrário, para ser apanhado em novas redes que me devolvam à superfície.
Por isso, também, acordei mais tranquilo nos dias seguintes. E fui surpreendido pelo Sol e pelo frio. Não fiquei à espera de ouvir tocar aquela música. Não fiquei triste quando o Céu voltou a encher-se de núvens, antes aproveitei para caminhar a pé, à noite, no regresso a casa, e passar ao lado das pessoas que se abrigavam debaixo dos toldos das lojas e dos átrios dos prédios.
Afinal, todos os dias recebo mais do que espero. Porque não espero nada.
publicado por crowe às 00:11
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Quinta-feira, 5 de Janeiro de 2006

Mar

mar1.jpg

Olho o mar,
de azul profundo,
ondas que reflectem o brilho do sol,
em tons doirados,
para lá do horizonte,
esconde-se a cidade,
o seu rebuliço,
cheia de vida,
aqui é só paz,
impera o sossego,
a calmaria,
em contraste,
com a agitação da cidade,
da vida citadina,
no seu eterno corre core,
sem rumo nenhum,
contraste de ideias,
mas ideais idênticos,
na constante procura,
de uma vida melhor,
mas o mar,
esse não se preocupa,
continua a sua vida,
alheio a tudo,
sem se importar,
se a felicidade reina à sua volta,
sem a procurar,
pois é feliz,
na sua simples existência.
publicado por crowe às 21:46
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Domingo, 1 de Janeiro de 2006

...

Escondo-me do mundo.
Nesta minha casca de noz.
O Sol morreu em agonia.
Na ausência da tua voz.
publicado por crowe às 20:15
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