
Um dia destes encontrava-me numa das minhas esporádicas visitas ao sapo, pois como já devem ter notado já não passo o dia naquilo, quando reparo que um nick, já não recordo qual, estava num monólogo. Falava, ou no caso teclava, teclava, sinceramente não consegui perceber com quem e na altura fiz um comentário ... ás vezes penso que os monólogos são algo de interessante, esclarecedor... devem aliviar mentes conturbadas. Alguém respondeu ... passito aí está um bom tema para se escrever e colocar no blog.
Agora a anos de luz de distancia desse dia ( foi a semana passada :s) parei para pensar e recordo que, quando por lá andava mais amiúde, ás vezes também fazia monólogos, e então com as minhas cantorias e versus brejeiros, até estes nada mais são que monólogos. Devem revelar uma boa parte da minha personalidade pois é nestes monólogos que nos revelamos que deixamos sair o que nos vai, ou não, daí até perceber parte do meu comentário .. interessantes e esclarecedores ...
Mas fiquei a pensar porque terei feito aquele comentário? Serei uma mente conturbada que precisa aliviar e esclarecer o que lhe vai na alma? Ou por vezes fazemos comentários tão a despropósito que não sabemos bem o que dizemos? O que diria o Sigmund que análise ele faria de tal, arranjaria um complexo Freudiano qualquer para atormentar mentes conturbadas ao tentar desvendá-lo? Possivelmente iria deixar o pessoal a falar sozinho.

Teu corpo me dá prazer,
faz minha alma sonhar,
com momentos,
de pequenas coisas,
quando nos unimos,
em corpo,
em alma,
na tua entrega,
na minha,
deixamo-nos navegar,
no mar dos sentidos,
nas profundezas,
da sensibilidade,
ao sabor de ventos e marés,
nas ondas da sensualidade,
guiados pelas correntes,
do prazer,
fustigados pela tempestade,
dos desejos,
luta titânica,
de corpo,
e alma,
perdidos no momento,
em que finalmente
somos um só.