Viagem no tempo,
sem destino certo,
talvez ao passado,
quem sabe,
um céu aberto,
viajante sem rumo,
procura nas memórias,
de tempos já idos,
as suas estórias.

Olha para o futuro,
inicia a viagem,
novamente sem rumo,
busca uma miragem,
avança e arrisca,
num salto intemporal,
viagem no tempo,
tão irreal.

Enquanto me acaricias
E segues em frente,
Maliciosamente me deito
No teu leito.
Sinto já o teu corpo quente
Que me envolve nos teus braços
E tudo aceito...

Roubas-me a roupa,
Descobre-me os seios
Acaricia-os com intensos beijos,
Deixando-me completamente louca,
Abrindo-se para ti,- eu não resisto
A Flor dos meus Desejos...

Sou, agora, só desejos,
Sou, agora, só tua, toda tua...
Beijo-te, com sofreguidão,
Enquanto deixas-me
Totalmente nua…

Provocas no meu corpo
Arrepios, gritos e gemidos,
Envolvo o teu contracções e espasmos
Até nos fundirmos um só
Um só… em todos os sentidos…

@ MFlora


As edições Pluma, sob o tema Sedução, apresentam mais uma recente ( neste nosso espaço) autora, espero que gostem assim como nós também gostamos.. a foto é um pouco mais soft para não sombrear o poema.

Hoje não vou fazer versos
Hoje não quero ser poeta
Não tenho inspiração
Apenas esta dolorosa paixão…
Esta dor que me queima o peito
Não quero se espalhe pelo papel
Não quero que tu leias
As palavras que brotam do meu pensamento
Existem dias assim…

Não quero que me digam
“ Tudo vai passar “
“ Tudo vai ficar bem”
Quero rasgar a minha pele
Arrancar esta intensa dor
Quero atirar-me ao abismo
Existem dias assim…

Hoje não vou fazer versos
Hoje não quero ser poeta…
Quero apenas SILENCIO
Quero ter saudades da morte
Do sentir apenas NADA
Ter saudades do vazio
Existem dias assim…

Não quero ter amores
Nem carinhos
Nem afectos
Não quero me vejam ou que me leiam
Não quero ser poeta
E há tantos dias e noites assim…

Nesses dias assim
Só quero ser EU
Apenas EU
E ser EU é muito pouco
Miseravelmente pouco…
Sou a negação da poesia…

Por isso hoje não quero ser poeta
Tenho dias e noites assim…

E nestas horas miseráveis
Só quero que se esqueçam de mim…

@ ML

Lentamente,
inicio a caminhada,
olho a estrada,
as pernas parecem vacilar,
enroscarem-se
preparando-se
ansiosas,
no escuro da noite,
as mãos tacteiam
o caminho
sinuoso,
com as suas curvas,
lombas,
estende-se
perante mim.

Lentamente
exploro-o,
como se fora
a primeira vez,
sigo todo o seu traçado,
todos os locais,
desde as suas planícies,
pequenos sulcos,
que parecem lábios,
sequiosos,
as suas montanhas
com picos de neve,
que se derretem
em simples toques,
os seus vales,
onde bebo a água da vida,
que cai de cascatas,
perco-me
quando me vejo
reflectido em lagos,
de águas límpidas,
transparentes.

Lentamente,
embranho-me no caminho,
sinto-o,
como se já fizesse parte de mim,
sinto a ânsia
de acelerar a marcha,
como se de uma corrida se tratasse,
sinto as pernas estremecerem,
enquanto subo,
desço,
apresso o passo.


Lentamente,
longa é a caminhada,
que nos leva
ao nosso destino.


@ autor desconhecido do Sec. XXI


Mais um poem para nosso deleite das edições Pluma com foto do TS do costume heheheheh

Tenho saudade,
do brilho do teu olhar,
desse teu jeito de ser,
de um sorriso teu,
dessa alegria de viver.

Tenho saudades
do teu abraço,
de um simples gesto, teu,
da caricia da tua voz,
do teu olhar,
poisado no meu.

Tenho saudades
desse teu cheiro,
da tua essência,
de estar contigo,
da tua eterna paciência.

Tenho saudades,
do beijo que não te dei,
de tudo o que pensei,
das vezes que não te toquei.

Tenho saudades ....

De volta ao mundo,
uma nova viagem,
a paisagem desfila,
perante mim,
de olhar vago,
sigo os seus contornos,
vislumbro,
um sorriso,
deslumbrante,
que nos recorda
o passado,
longínquo,
próximo,
que pede,
algo de útil,
em prol de algo maior.

Mais ao longe,
surge outro sorriso,
que nos traz promessas,
com charme,
do que é preciso fazer,
de obra feita,
em prol de algo maior.

Mais uma colina,
outro sorriso,
de ventos de mudança,
em sonhos cor de rosa,
em prol de algo maior.

Desfilam os sorrisos,
de intelectuais,
defensores de minorias,
altos ideais,
de gente do povo,
que faz da luta,
do trabalho,
a sua bandeira,
tudo em prol de algo maior.

Pendurados,
como retratos de museu,
serão messias?
sebasteanistas?
vendedores,
de sonhos?
da banha da cobra?
falsos profetas?
abutres?
que dançam sob a carcaça,
do cordeiro,
que segue em fila,
para a contagem,
enganado,
iludido,
mais uma vez subjugado,
em prol de algo maior.

Menina, que és mulher
Minha querida, minha amante,
com teus olhos brilhantes,
Quero ter-te, nem que seja por um instante,
Quero beber o teu prazer constante...

Quero beijar o teu corpo
Lamber o teu dorso
Saborear o teu suor
E o teu odor


Se te quero assim tanto,
nesta ilusão tão ruim,
É porque para mim,
tu és um castigo sem fim...

Quero-te nua de noite ou de dia,
nem que seja por um dia…
Quero ter-te, na minha cama
Fantasia da minha …fantasia...



@ ML , poeta de todos os séculos


As edições Pluma, após uma breve pausa ( para um retiro espiritual hehheeh ) voltam a apresentar, desta vez com um autor conhecido ( uma vez que faz questão ;-) ) um belo poem sob o tema Sedução, espero que gostem ... a foto foi da minha escolha e espero que o autor ache apropriada :-)) e até breve :-))))