Sexta-feira, 21 de Janeiro de 2005

Saudades

Tenho saudades do teu sorriso
desse carinho teu
és tudo o que eu preciso
desse olhar que nunca foi meu

Tenho saudades do meu desejo
sempre me senti assim
és tudo o que almejo
será que também o sentes por mim

Tenho saudades do momento
em que era-mos dois
agora só no firmamento
consigo ver o antes e o depois

Mas do que mais tenho saudade
é da tua alma
ela não tem idade
é só amor e calma
publicado por crowe às 09:00
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Quinta-feira, 20 de Janeiro de 2005

Does anyone knows?

Precisava tanto de te ter aqui
Juntinho a mim
Sentado ao meu lado
Enrolados no cobertor
A contar estrelas
A descrever amor!

Sou tão pequena
O mundo é tão grande
Este espaço é tão extenso
Como é ser tão diferente de mim?
Como é sentir tanto em comum
E tanto antagonismo?!

Precisava de ti aqui,
A compartilhar o espaço imenso
A enormidade de tecido suave do cobertor
Com uma mão a brincar no meu cabelo
Explicando-me a diferença entre o grande
Do mundo e das pessoas.

Precisava de ti,
Da tua alvura
Para equilibrar o meu negrume
Da imensidão crepuscular que és
Na pequenez brilhante dos meus olhos
Que brilham quando te vêm
Que riem quando os cílios te beijam…
Explica-me como é ser tão diferente de mim.
Hoje não!
Amanhã, explicar-me-ás?
Precisava de te ter aqui
debaixo das estrelas
para perceber a diferença e a grandeza!
publicado por crowe às 23:09
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Quarta-feira, 19 de Janeiro de 2005

Sentidos

Segreda-me docemente
Beija-me com teu olhar
Abraça-me o corpo despido
Leva-me onde puderes levar

Teus olhos nos meus brilham
Meus olhos nos teus olham
Tua boca meus lábios beijam
Meus dedos tua pele tocam

Tua mão meu corpo explora
Teus lábios em mim avançam
Teus peitos firmes e doces
Meus lábios neles descansam

Tua boca livre solta
Um gemido de prazer
O calor que de ti expulsas
Faz meu corpo arder

Tua boca beija-me em fúria
Sinto-me perder em ti
Repouso em teu ventre
O mais belo que já vi

Num beijo prolongado
Teus lábios roçam os meus
Teus olhos brilham no escuro
Enquanto me dizes adeus
publicado por crowe às 12:58
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Almas

Passeei pelo mundo
em busca de ti
percorri sonhos
percorri ate o imaginável
sabia que existias
já tínhamos estado juntos
em outras eras
esperei pacientemente por ti
quando chegaste
reconheci-te
abri os braços
entreguei-me novamente
dei-te a minha alma
que já era tua
não procurei mais
pois finalmente tinhas chegado
estava novamente completa
eras um só outra vez
mas num momento de loucura
deitei tudo a perder
a duvida assolou o meu coração
a tua alma vacilou
ficou na duvida do sentir
a sombra se instalou
a tristeza voltou
não sei se iras partir


publicado por crowe às 12:52
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Terça-feira, 18 de Janeiro de 2005

Amizade

Um dia pediram-me
que falasse de amizade
pediram ou ofereci-me
já não consigo situar
no espaço e no tempo
só sei que seria sobre alguém
que não conheço
apenas recebo
os seus reflexos
que são transmitidos
em pensamento
por alguém que ama
e tem como amiga
a quem o chama verdadeiramente
de sentimento profundo
amizade sem trocas
de verdadeira entrega
com todo o peso e significado
que tal possa implicar
está sempre presente
ombro amigo
nas horas mais negras
não sei quem é
só sei o seu nome
e ouvi um dia a voz
dizem que é bela
e eu simplesmente acredito

publicado por crowe às 01:21
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Sexta-feira, 14 de Janeiro de 2005

absolutely sinful

As gotas caíam e espalhavam-se pelo mármore do chão. O fumo saia da água quente com preguiça como se estivesse em angústias de a deixar. Eu estava ali deitada, naquela banheira vendo a serra que se estendia aos pés da minha janela. Espreguiçava-me languidamente sentindo as carícias que a água imprimia na minha pele… era como se não tivesse despido o vestido de seda da noite anterior. Queria ficar ali a movimentar-me lentamente deixando gotas escorrerem com suavidade e sem pressas pelo meu braço fazendo: ping!, no chão! Como carícias quentes e sensuais… Levantei-me desnudando também o meu corpo da água quente! E sorri lembrando-me da forma como me desnudaste o vestido. A forma como o senti cair com leveza pelo corpo até ao chão! A sofreguidão com que me olhaste toda a noite, com que disseste em olhares breves que me querias! Adorei brincar contigo ! Sabias que seria tua mas não deixava que me tocasses. Sim, tinha sido o teu demónio naquela noite! A forma como te cobicei os lábios entre a luz ténue das velas mordiscando os morangos que mandaste entregar na minha mesa num total descaso. Conhecias a pessoa que sou, terias que esperar pelo desfecho (Hum, sempre que me lembro dos teus olhos nos morangos que mordiscava… Penso que sentia prazer em te ver comer não no sabor com que impregnavam a minha língua!). Soube que sairíamos juntos quando desci a escada e me olhaste fascinado rindo da conversa que tinha com as pessoas que me acompanhavam! Enrolei-me na tolha sem me secar… sentia-me sensualmente cansada mas adorava a ideia de me sorveres as gotas que restavam. Apenas uma duvida me assolava, como o farias, escalarias a minha janela, ou arrombarias a porta do quarto de hotel onde nos encontrava-mos instalados. Ou, qui ça, subornavas um dos empregados para te deixar entrar à socapa. Talvez um encontro “casual” no átrio do hotel, um convite para tomar uma bebida... Senti frio ... a janela do balcão aberta!!! Quase que jurava que a tinha fechado ... a lareira acesa!!! Quem?? ... ali estavas tu sentado no sofá, a toalha caiu, não sei se com o susto se por outra razão qualquer ... olhaste o meu corpo como se de morangos se tratasse, fiquei sem saber que fazer mas quebraste o impasse, aproximaste-te de mim com olhos cor de fogo, não sei se mero reflexo da lareira e tomaste os meus lábios a tua língua procurou a minha vorazmente. Desapertei a tua camisa, queria sentir o teu corpo desnudado junto ao meu, o teu calor que me começava a contagiar. Dança de roupas como num bailado ficamos, agora tu também, exposto ao meu olhar, a tua boca sorveu as ultimas partículas de agua que a toalha não tinha absorvido, percorrendo o meu corpo centímetro a centímetro fazendo arrepiar, a tua língua soltou-me gemidos em locais onde nunca pensei que tal fosse possível. O fogo que vinha da lareira era um mero prolongamento do calor que emanava dos nossos corpos... deitados no enorme tapete felpudo onde tu saboreavas a minha intimidade tal qual néctar dos deuses, senti o fogo do teu olhar fixado em mim, fechei os olhos e deixei-me levar pela sensação que lentamente se apoderava de mim e me transportava para lá daquele quarto, até locais onde nunca tinha estado até explodir como uma chuva de estrelas cadentes. Dizem que depois da tempestade vem a bonança, mas o meu corpo não queria acalmar pedia mais, uniste o teu corpo ao meu, fundindo- mo- nos lentamente, deixamos de ser indivíduos para sermos unos. Entreguei-me sem reservas e deixei de ter qualquer pensamento até o corpo não suportar mais e deixar, num grito, tudo o que tinha sido acumulado até aquele momento. Acordei, estava na minha cama, que ainda sentia o calor daquela noite onde os sentidos foram levados ao máximo expoente, já não te encontravas, na mesa de cabeceira repousava um prato de morangos ... sorri. A vida seria magnífica se tivesse uma banda sonora e doce como um morango recheado de chocolate!

 

Uma co-autoria da crowe e passo, onde os sentidos se perdem num mar de sensualidade, e não se sabe onde um começa e o outro acaba. Após algumas leituras deste conto, havia sempre algo que não "soava" bem algo que estava um pouco fora do contexto ... pensamos que seria a ultima frase ... após várias consultas resolvemos publicar este pequeno texto que surgiu trazido por um autor anónimo que o cedeu como uma pluma levada pelo vento :-)

" ..... sorri. e languidamente como se tivesse «todo o tempo do mundo», estiquei a mão e segurei um morango. Mordisquei-o. Fechei os olhos e senti uma gota daquela sumarenta preciosidade a escorrer-me pelo canto da boca, foi o suficiente para ser «assolada» pela lembrança de todas as outras «gotas» que tinhas sorvido do meu corpo, um sentimento doce de «dormência» apoderou-se de mim... Abri os olhos. Sorri. E novamente, languidamente, estiquei a mão como se tivesse «todo o tempo do mundo"....

publicado por crowe às 10:53
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Quinta-feira, 13 de Janeiro de 2005

de mansinho





Esta noite preciso que digas o meu nome alto,


 di-lo bem alto, por favor!


 Preciso de o ouvir da tua boca


 Para ter certeza de que existo e estou aqui


 De que este momento é real


 Não uma imaginação com asas… que voa!


 Esta noite fica aqui,


 Ao alcance da minha mão


 Quero imprimir em cada molécula do meu corpo


 Pedacinho por pedacinho do teu!


 Senti-me na agonia do vazio


 Todas as voltas dadas pelo relógio!


 Deixa-te ficar aqui


Só para te sentir e respirar


 Só mais um pouquinho!


 Quando partires vai de mansinho


 Quero fingir que não te oiço partir


 para sonhar contigo e sentir-te ao meu lado


respirando baixinho!



publicado por crowe às 19:43
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