Segunda-feira, 31 de Janeiro de 2005
Inferno
Um dia de inverno,
subi
fugi do inferno,
sai subi á tona,
encontrei o céu,
ou a sua miragem
num dia de inverno
subi
vim do inferno
segui viagem
segui em frente
passo ante passo
afinal como faz toda a gente
que caminha sem destino
depois de muito percorrer
imensas léguas de caminho
perdido
sem tino
subi
voltei ao inferno
nesta longa caminhada
que nunca me levou a nada
subi
cai no inferno
Vida
Perco-me na vida
se no que imagino dela
se na viragem do mundo
perdi algo
talvez nunca tenha crescido
ou tenha ficado retido
algures em sonhos
quem sabe um dia
por algum processo metafísico
ou esotérico
eu encontre tudo o procuro
talvez me encontre
talvez te encontre
quem sabe
talvez me complete
talvez alcance
o que todo o ser procura
não o nirvana
ou a clarividência
ou ser iluminado
simplesmente só ser feliz.
Domingo, 30 de Janeiro de 2005
voo
Não interessa o tamanho das tuas asas nem a altura do teu voo
Interessa que abres as asas e...
voas...
voas!
@TExto e foto: Crowe
Local: Fonte da Telha Modelo voador: Gaivota desconhecida (Anónima)
Sexta-feira, 28 de Janeiro de 2005
Mágicas
Falas-me de fadas
lindas mágicas
essas criaturas aladas
capazes de coisas fantásticas.
Tinha a fantasia povoada
quando criança
por uma fada
de nome esperança.
Enchia os meus sonhos
de luz e de cor
e nos meus olhos
espelhava o amor
Mas eu cresci
não sei que aconteceu
será que m esqueci
e a fada adormeceu?
Assim o tempo passou
e ao ouvir-te cantar a tua fada
algo em mim despertou
a minha alma ficou encantada
Gosto de te ouvir
descrevendo a tua fada
cantas um mundo por redescobrir
de todas as coisas imaginadas.
Quarta-feira, 26 de Janeiro de 2005
Mudanças
Sinto,
sinto que algo vai acontecer
que vai mudar muita coisa
talvez até a minha forma de ver a vida
esta minha maneira de ser
de me prender a tudo
e a nada
de estar em todo lado
e não pertencer a lugar nenhum
ser de toda a gente
e não pertencer a ninguém
algo está para acontecer
não perguntem o quê
pois não o sei responder
sinto-o
Terça-feira, 25 de Janeiro de 2005
Em breve chegaria a casa
Em breve chegaria a casa. O dia tinha parecido interminável. Aguardava ansiosamente pelo momento em que, no fim da estrada, surgisse a casa, a minha mente fervilhava com imagens do dia. A imagem da estrada era escondida pelo bombardear de ideias e imagens que me assolavam! Como era possível acontecer algo assim?! E a mim que tenho uma vida
tão insonsa?!
De todas as pessoas do mundo a menos provável de acontecer algo do género seria eu, porquê a mim? Será que o destino me estaria a pregar uma tal partida ao colocar, assim, alguém na minha vida?!
Vi a minha casa no fim da rua e suspirei de alívio. Estacionei a mota e o cão começou a ladrar e a correr abanado a cauda. Parando junto ao portão impacientemente à minha espera! Na vida dele era uma personagem principal, não uma personagem secundária como o seria na vida atribulada de Pedro!
A imagem do que me havia acontecido não me saia da cabeça, quando dei por mim estava especada perante a porta de entrada, de chaveiro na mão o cão a lamber-me as mãos.
Tinha sido algo tão intenso, algo que eu nunca imaginaria pudesse vir algum dia a acontecer-me. Tudo aquilo me deixou muito introspectiva.Será que o que aconteceu tinha o intuito de me acordar para a vida ?! Eu que depois daquela ultima relação que me deixou desacreditada nos homens ,custa-me admitir, tenho feito uma vida egocêntrica, isolada, fria.
Mas aquele episódio, no escritório, não me saia da cabeça. O toque, o cheiro o sorriso! A luxúria dos momentos
senti o coração bater
já nem me lembrava do que isso era . Sentir alguém assim tão próximo ..., a sua respiração ... o seu olhar que não largava o meu ... quase que conseguia sentir o toque dos seus olhos na minha pele como dedos a acariciarem-me , a sua voz soou como musica aos meus ouvidos, senti as mãos trémulas a boca seca, não consegui resistir à vontade de passar a língua pelos lábios humedecendo-os, algo que o fez sorrir.
Inadvertidamente soltei uma suave gargalhada, e nesse momento sinto as suas mãos firmes, na minha cintura, puxando-me para si
. E ficamos instantes paradas olhando-nos nos olhos
e dançando ao som de uma musica inexistente aos ouvidos de outros
uma musica que existia em nós
. Perdi-me no seu olhar de felino meigo
quando acordei para a realidade que nos rodeava ainda senti as suas mãos
deslizando das minhas costas até ao meu ventre. A suavidade dos seus lábios descendo pelo meu pescoço só parando nos ombros,
O minuto anterior tinha sido o de um beijo complacente, onde a cumplicidade, o desejo, a permuta se haviam fundido . Se um beijo fosse uma vida eu ter-lhe-ia dado a minha
Esquecendo-me que na vida dele não passaria de uma personagem secundária!
Abanei a cabeça e entrei em casa sem conseguir descortinar o que se passava na minha vida. Passei os dedos nos lábios humedecidos e sorri ainda enebriada.
Uma co produção Cassi, Crowe e Passo que estava com alguma dificuldade em sair devido à inconstância do género a definir ao conto hehehee :s
Segunda-feira, 24 de Janeiro de 2005
Green fairy
Hello little fairy
With big green sparkling eyes
I would like to catch your light
Keep your magic in my shore eyes.
Little green fairy
Tell me your secret:
Why do all my pains
Go away when you look ate me and smille?
Little green fairy
Teach me how...
How can I shine,
Smille
And
Make magic whith my shore eyes?