E tu quem és que vens lá do alto,
da branca e bela serra,
tomas tudo por assalto?
pronta para uma boa guerra.
Com os pés bem assentes na terra,
de coração sempre aberto,
és mesmo filha da serra,
olhar atento e desperto.
E tu quem serás moça serrana?
que parece não ter idade,
discreta as vezes ufana.
deixa sempre muita saudade.
És sempre igual,
em ti não muda nada,
expontânea natural,
continuas a mesma fada.
Ás vezes também amua,
mas isso logo passa,
continua sempre na sua,
aparece e dá o seu ar de graça.