Cantava uma balada,
uma canção de amor,
de musica divinal,
se a voz não me faltasse.
Um quadro pintaria,
se a memória não me traísse,
buscaria pelo mundo,
se soubesse onde procurar
a imagem do desejo,
perdia-me por ai,
se soubesse esquecer.
Esculpia uma estatua,
sensual
de belas formas,
se a mão na fraquejasse,
houvera pedra para tal.
Escrevia um poema
um verso,
um soneto,
se a musa me bafejasse,
ao sabor da inspiração,
soubera eu como fazer,
escrever o coração.