Quarta-feira, 3 de Agosto de 2005
Labirinto
Bebi nos teus olhos a loucura do companheiro vento.
Mergulhei nos teus flancos o terno pincel da paixão.
Do leito fizemos vida e luz que irrompeu a escuridão.
Dei o corpo e levei a guerra aos arautos do tormento.
A vaga rumorejou excitada, enquanto a minha mão.
Raptava o teu olhar de criança nascida nessa herdade.
Para o declamar ao meu mundo com ávida vontade.
Bebendo esse fascínio como néctar de alva paixão.
Porque tu vens desse lugar, foste nessa herdade nascida.
Onde a coragem cresce como fruto nos braços viçosos.
Das árvores que alimentas com esses olhos sequiosos.
Com os quais temperas e revolves esse tina plena de vida.
No peito albergaste os falsos gémeos sem distinção.
Cerzidos num só corpo feito de claridade e do oposto.
Nasceste sereia numa pálida madrugada de Agosto.
Gritaste sombras de constante insónia num abismo são.
Imune ao múltiplo fogo, dançarino do engodo.
Desvendaste o labirinto com esses passos de menina.
Ah!!Foste a pródiga filha do Universo que o sublima.
Regeste e levantaste bem alto a tocha do denodo.
A paixão, as mulheres, os sentimentos, a vida... até a morte, são autênticos labirintos.. Gostei muito.
Comentar: